6ª CONVERSA DA III REPÚBLICA - 40 ANOS DE DEMOCRACIA Auditório da Casa das Histórias Paula Rego – 20 de Março de 2014
T E O L I N D A G E R S Ã O | D U L C E M A R I A C A R D O S O | E U G É N I O L I S B O A M o d e r a d o r : J ú l i o C o n r a d o
No passado dia 20 de Março, realizou-se no auditório da Casa das Histórias Paula Rego a 6ª sessão das CONVERSAS DA III REPÚBLICA que reuniu nomes tão marcantes no nosso panorama literário como Teolinda Gersão, Júlio Conrado (moderador), Eugénio Lisboa e Dulce Maria Cardoso. O público esperava, certamente, uma noite de amena tertúlia literária, mas os três convidados depressa demonstraram que as maiores preocupações que os movem neste momento não são as Letras, antes a evolução da Democracia Portuguesa desde o 25 de Abril de 1974 até à dura realidade actual: as vitórias, os fracassos, os sonhos, os desencanto, mas também a esperança que subsiste.
As CONVERSAS DA III REPÚBLICA terminam no próximo mês de Abril, com duas sessões: uma, no dia 10 de Abril, no Auditório da Casa das Histórias Paula Rego, com a participação de Carlos Avilez, Leonor Silveira e Carlos Carvalhas, moderada por António Borga. A última no dia 22 de Abril, no Auditório do Centro Cultural de cascais, com o Professor Adriano Moreira, moderada por Ana Sousa Dias.
Nasceu em Coimbra, onde fez a Escola Primária, o Liceu e a Faculdade, formando-se em Filologia Germânica. Saiu de Coimbra em 1961 para ir estudar Germanística e Anglística para a Alemanha, na Universidade de Tubinga e também na de Berlim, onde foi Leitora de Português durante dois anos. De regresso a Portugal foi docente na Faculdade de Letras de Lisboa e depois Professora Catedrática da Universidade Nova de Lisboa, onde ensinou Literatura Alemã e Literatura Comparada. Depois da sua estada de três anos na Alemanha viveu dois anos em São Paulo e teve uma breve passagem por Moçambique. Em 1981 edita o seu primeiro romance, Silêncio, distinguido pelo Pen Clube Português com o prémio Ficção. Antes tinha escrito um Conto, intitulado "Pequena Biografia", publicado na revista Colóquio Letras em 1968.
Dulce Maria Cardoso nasceu em Trás-os-Montes, mas passou a infância em Angola para onde viajou, ainda bebé, no paquete Vera Cruz. Regressou a Portugal na ponte aérea, em 1975. Tinha 11 anos. Em 2012 foi condecorada pelo Governo Francês com as insígnias de Cavaleira da Ordem das Artes e das Letras de França. De 2012 é ainda o seu romance O Retorno, que narra o primeiro contacto com a nova terra de acolhimento pelos desalojados das ex-colónias.
Nasceu em Moçambique em Março de 1930 e partiu para a Metrópole com 17 anos. Fixa-se em Lisboa onde vem a ingressar no Instituto Superior Técnico, licenciando-se em Engenharia Electrotécnica com 23 anos. Pouco depois da crise petrolífera de 1973/1974 vai para França, em 1976, como adjunto do director mundial de exploração da Compagnie Française des Pétroles. O ramo dos petróleos foi a sua especialidade profissional durante mais de vinte anos. Uma actividade que acumulou, de 1974 a 1978, com a de Professor Universitário em Moçambique, Pretória e Estocolmo, onde regeu cursos de Literatura Portuguesa. Ingressou em 1978 na vida diplomática, tendo exercido durante dezassete anos consecutivos o cargo de Conselheiro Cultural da Embaixada de Portugal em Londres. De 1996 a 1998 presidiu à Comissão Nacional da UNESCO.
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